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INQUIETUDE, de Ana Mokarzel

Publicado em 10/01/2015

Dois instantes distintos, dois ensaios atravessados pela inquietude, estado que revela desassossego, um não repouso da alma que abriga sentimentos imprecisos e conduzem o olhar; agora compartilhado, mediado pela imagem sobre o papel.  Dois diferentes lugares, dois continentes que comungam enredos desiguais, mapas díspares que trazem em suas histórias vestígios silenciosos ou sangrentos de lutas passadas, domínios extintos. Mas, não importa de qual verde ou azul surge a paisagem, pra onde corre o rio captado na veloz passagem. Pouco interessa saber a procedência do posto deserto, do vidro quebrado, da solidão na estrada. São todos deslocamentos, produtores de imagens advindas da inquietude. 

Os dois ensaios fotográficos de Ana Mokarzel transitam entre o estático e o movimento, subvertem o documental ao distanciar-se da simples representação e aproximar-se do cinema e da pintura sem perder a poética da luz, elemento próprio da fotografia. No entre das linguagens deixa-se permear pelo instável e inquieto ato de fotografar.

Marisa Mokarzel (2015)

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